sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O quase.



Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distancia e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


(Luís Fernando Veríssimo)

Me mereço.


Feliz da maquiagem — que é boa — e não se perde nas lágrimas que escorrem silenciosas como a noite. Meu rosto encheu de chuva por três segundos. Respirei fundo, deixei que o sal secasse na pele, encarei um espelho desconfiada e, à ele, dei meu melhor sorriso. Por mim. Porque me mereço, porque me basto. Já tive tantos outros tombos tão piores, não será um tropeço que irá me derrubar, que irá me destruir, que irá tirar o sol de mim. Sim, agora será sempre ensolarado. Dia e noite.
(Maria Fernanda Probst) 

Trégua.


Decidi deixar um certo lapso de sol tomar conta dos meus pensamentos, 
Escolhi a dedo as emoções que me permito sentir e estabeleci meu decreto de buscar sentido em tudo que vivo.
Lavei os lençóis, as cortinas e minha alma, e expus ao sol para secar.
Dei uma trégua, abri as janelas e respirei um novo ar.



 (Erick Tozzo)


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Perda de tempo.



É perda de tempo tentar explicar o que já não importa mais. É perda de tempo querer reconquistar quando o amor já não existe. É perda. Nos perdemos. Lamento.

(Bibiana Benites)

Corações partidos.



De corações partidos o mundo está cheio. Eu quero é saber dos que ainda não deixaram de sonhar.
(Bibiana Benites)

Pessoas inteiras.

Eu só me aconchego naquilo que é sólido, constante. É o plural das coisas que me fascina.


Não me iludo mais com metades que a gente encontra pelo caminho. Hoje, se tem uma coisa que eu me transbordo e me encanto - pateticamente -, é com pessoas inteiras. Reconheço de longe a vastidão que essas almas carregam dentro.
(Bibiana Benites)

Será?


Será que você me lê na mesma proporção que eu te vejo? Será que você me vê, no tanto que te escrevo? Será que você crê naquilo tudo que não digo? Será que você diz meu nome tanto quanto (hoje) penso no teu? Sou vestida de interrogações, desde que esbarrei-me propositalmente contigo e elas não cessaram, nem nos dias de céu azul e pores de sóis (♫ quando segundo sol chegar), nem em dias de concreto e melancolia. Teu equilíbrio desestruturou minha armadura.
(Maria Fernanda Probst)

Anjo de Guarda Noturno.


Meu anjo de guarda noturno:
Você é quem sabe de tudo.
E quando eu peço proteção
Não é pra fugir do ladrão
Nem pra me esconder na igreja
Eu quero é que deus nos proteja
Das dores do coração

Meu anjo de luz, que ilumina
Compositor da minha sina
Não deixe que espinhos me ceguem
Guarde meus caminhos que seguem
Os carinhos dessa menina

Meu anjo de luz guardião
Condutor da minha emoção
Ensine o atalho pra ela
E evoque o anjo dela
No toque sutil da canção
No toque sutil do baião

(Maria Gadú)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pode acreditar.


Hoje uma mulher perguntou:
Ique, eu juro que quero acreditar que existem homens que prestam.
Mas como acreditar em vocês?

Não acredite em um cara,
que pede seu telefone e não liga.
Acredite naquele,
que liga e diz: “Bom dia.”
Não acredite em um cara,
que sempre sabe o que falar.
Acredite naquele,
que ao te ver, perde as palavras.
Não acredite em um cara,
que depois do sexo diz:
“Foi ótimo”
Acredite naquele,
que durante o sexo, sorri.
Não acredite em um cara,
que te apresenta para a família.
Acredite naquele,
que você é a familia.
Não acredite em um cara,
que não acredita em nada.
Acredite naquele,
que acredita em tudo.
Não acredite em um cara,
que diz:
“Você está linda”
Acredite naquele,
que diz:
“Sonhei com você.”
Não acredite em um cara,
que sempre te dá presente.
Acredite naquele,
que é presente.
Não acredite em um cara,
que diz:
“Acabei de sair de um relacionamento”
Acredite naquele,
que diz:
“Quer namorar comigo?”
Não acredite em um cara,
que diz:
“Nunca senti algo assim.”
Acredite naquele,
que ao te ver, a mão fica fria.
Não acredite em um cara,
que te encosta para ter algo.
Acredite naquele,
que te abraça sem motivos.
Não acredite em um cara,
que não fala olhando nos olhos.
Acredite naquele,
que fala com os olhos.
Não acredite em um cara,
que implora pelo amor de volta.
Acredite naquele,
que não pede nada.
Não acredite em um cara,
que anda distante.
Acredite naquele,
que segura sua mão forte e te faz enfrentar o mundo.
Não acredite em um cara,
que te da uma cantada.
Acredite naquele,
que te escreve uma carta.
Nao acredite em um cara,
que deita, vira e dorme.
Acredite naquele,
que deita, abraça e beija.
Não acredite em um cara,
que vai e volta.
Acredite naquele,
que vem e fica.
Não acredite em um cara,
que perdeu todas as chances.
Acredite naquele,
que todos os dias, busca uma oportunidade.
Não acredite em um cara,
que escreve sobre amor.
Acredite naquele,
que escreve sobre você.
Não acredite em um cara,
que fala bonito no seu ouvido.
Acredite naquele,
que fala simples no seu olho.
Nao acredite em um cara,
que chora quando perde.
Acredite naquele,
que chora quando ganha.
Não acredite em um cara,
que está em cima do muro.
Acredite naquele,
que está na sua porta.
Não acredite em um cara,
que espera o momento certo.
Acredite naquele,
que faz o momento, ser extraordinário.
Não acredite em um cara,
que faz de você uma opção.
Acredite naquele,
que faz de você,
uma escolha.


(Ique Carvalho)

Não é você.



Hoje uma mulher perguntou:
Ique porque é tão difícil encontrar o homem da nossa vida?

Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que “ama” todas as mulheres.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que diz para todos,
que você é a mulher da vida dele.
Que você é pra casar, mas agora ele não quer um relacionamento.
Uma semana depois ele se casa.
Não com você.
Mas com outra que ele conheceu há um mês.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que diz olhando em seus olhos:
“Eu não te amo mais.”
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que tem medo de se apaixonar.
Que diz pra todas,
as mesmas coisas.
Que vive a mesma história,
com mulheres diferentes.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que aproveita da sua carência,
para te levar pra cama.
No outro dia,
nem bom dia.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que namora duas ao mesmo tempo.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que diz:
“Vou dar uma sumida. Preciso disso.”
Um homem que no começo é alegria,
amor e euforia.
Depois é tristeza,
dor e comodismo.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que terminou para “curtir a vida”.
Que diz:
“Não estou preparado”
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que a traiu com a amiga,
a vizinha e a manicure.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que não estivesse apaixonada,
por um homem que depois do sexo, muda.
Que não a deixa respirar.
Sufoca.
Que lhe deixa em casa.
10 minutos depois chama três amigos para ir ao puteiro.
Eu queria encontrar uma mulher.
Que ao chegar no final desse texto.
Se sinta cansada.
Cansada de fazer toda a caminhada, sozinha.
Que levante-se da cadeira.
Enxugue as lágrimas.
E recupere o lugar dentro do seu coração.
Que precisava se curar.
Para se apaixonar, novamente.
Por um homem
que irá ser tudo o que você precisa.
Seu amigo,
seu amor,
seu menino.
Que irá pedir a sua mão,
e terá coragem para dizer:
“EU ENCONTREI VOCÊ”
Esse homem saberá que a busca terminou.
Mas a jornada está apenas começando.
Porque a melhor parte,
não é encontrar a mulher que você ama.

É viver ao lado dela.

(Ique Carvalho)

Se ame.


Uma pessoa errada "certa".


Todos buscamos aquela pessoa especial que é certa para nós. Mas quando já passamos por relacionamentos suficientes, começamos a desconfiar que não existe a pessoa certa, apenas gostamos das pessoas erradas. Por que é assim? Porque nós mesmos somos errados de algum modo, e buscamos parceiros errados de algum modo complementar. Mas é preciso muita vivência para crescer plenamente em nossa inadequação. Só quando nos vemos diante de nossos demônios mais profundos - nossos problemas insolúveis, os que nos tornam verdadeiramente o que somos - estamos prontos para encontrar o parceiro de toda a vida. Só então sabemos finalmente o que estamos procurando. Vivemos à procura da pessoa errada. Mas não apenas qualquer uma: a pessoa errada "certa" - alguém a quem olhamos com amor e pensamos: "Este é o problema que eu quero ter." Encontrarei essa pessoa especial que é errada para mim do jeito certo.


(Daniele Steel)

Avoada.


"Avoada"
A mãe sempre dizia
menina olha onde pisa
mas ela insistia em andar olhando pro céu
morar nas nuvens
sentir respingos de estrela
hoje nem sei
deve ter virado pipa.

(Renata Fagundes)

Entender de mim.


Quanto mais tento entender de mim
menos me encontro
mais me surpreendo.

(Renata Fagundes)

Coragem: Viver com o coração.



A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.
O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada. 

(Osho)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Devassa.


Se você conhecesse meus pensamentos, ia me chamar de devassa. 

(Ita Portugal)

Ir adiante.


Dois lugares.


Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

(Cecília Meireles)

Relacionamentos.


Amigo, tá ai? Preciso muito te dizer que o nosso problema com relacionamentos, não é nosso problema, e que nós não somos os errados.
Sim, somos esquisitamente carentes, mas isso faz parte da nossa essência. Carregamos o mundo todo nas costas ou dentro do peito, e no fim, só queremos que alguém abrace ele, ou, de repente, faça um curativo ou outro, pra ele continuar batendo. Pra represa não romper.
A gente se doa, se dói, se entrega e apanha. Mas no fim, tudo que fazemos é importante. Ensinamos as pessoas o que é ter alguém que se importa, que ama, que liga no dia seguinte ou mais de uma vez no mesmo dia.
Ainda somos aqueles tipos que estendem o paletó pra daminha saltar a poça d'água, ou que abre a porta do carro, escreve poema, carta de amor. A gente ainda ouve música e chora, cara, a gente, ainda, chora. Sabe o quanto isso é raro nesse mundo de estátuas de sal que vivemos?
Seguindo... A gente ainda lembra no fim da tarde, nos domingos à noite, ou enquanto o mundo todo pega fogo, mas sabe, nossa cabeça tá lá, bem longe. Porque por mais difícil que seja suportar o próprio peso, só a ideia de que alguém, aquele alguém precisa da gente, seria capaz de anular todas as dores do nosso corpo.
Amigo, pessoas como nós são tão raras! Só agora percebi esse egoísmo ridículo. Sabe, a gente aceita tanta coisa, pondera, elogia, critica, analisa, ressalta, discute, a gente entende tanta coisa, menos a gente. Talvez tenhamos nos acostumados a ser o que somos e busquemos alguéns assim, tipo nós. Meio bocós.
Sim, meio antas, sabe? Porque todo romântico é ridículo. Toda carta de amor, também já disseram antes, é. Mas não seriam cartas de amor se não fosse, não é mesmo?
Amigo, ainda tá ai? Preciso muito te dizer que o nosso problema com relacionamentos, não é nosso problema, e que nós não somos os errados. Erradas são todas as pessoas que se deixam contaminar pela dura e fria forma de viver, e acabam rejeitando carinho, porque sua liberdade precisa vir acompanhada da solidão.

(Matheus Rocha em Carta ao Ribis  )


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Misteriosamente mística.


Sou forma de vida misteriosamente mística, guiada pelo vento, entre o céu e a terra.

(Daiane Rabelo)


Tecer belezas.


A vida, tecelã antenada, que tece também com fios de sorriso, 
continua a tecer belezas pra quem não fecha o coração para as surpresas.

(Ana Jácomo)


Prece.


Reflete meu reflexo, ó Mãe
Grandiosa em tua bondade
Ensina-me a caminhar e
ouvir e sentir os sinais enviados
pelo teu amor infinito!
Que a venda caia de meus olhos
e a palavra não dita
derrame em meus ouvidos,
para que eu possa cumprir
minha humilde missão.
Que minha mão toque o inatingível
Que minha boca sopre o segredo da vida
Que meu corpo vibre o inadiável
para a concretização de teu ideal.


Seja! Seja! Seja!

A busca comum.


As pessoas que me procuraram nos anos em que exerci a psicanálise eram todas diferentes e tinham queixas diferentes. Mas debaixo das múltiplas pequenas queixas havia uma única grande queixa: queriam ter alegria. Essa é a busca comum de tudo o que vive. Acho que até as plantas querem ser felizes. 


(Rubem Alves em "Palavras para desatar nós")

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Nada passa.


Onze da noite. Toca o telefone. É uma amiga, arrasada depois de levar o fora do namorado.
- Ele parecia uma pedra de gelo, Stella, acabou tudo. Está doendo tanto...
- Ah, querida, não fica assim: você vai superar esse cara. Vai passar!
Depois de uma hora, desligamos. Vesti meias de lã. Tomei um copo de chá. Devolvi livros para a estante. Guardei a roupa passada. Fiquei assim, indo de um canto para outro sem saber exatamente o que me atormentava. Então, a ficha caiu.
É mentira. A maior mentira que nos contaram - e que nós, piamente, acreditamos - é essa, a de que tudo passa. Nada passa. Passa coisa nenhuma.
A gente aprende a viver com as escaras, aprende a colocar unguentos nos talhos fundos, conhece outras pessoas que são como bálsamos sobre as nossas feridas, mas elas, as sanguinolentas, as danadas, as malsãs, elas não passam. Uma mulher é uma chaga sempre aberta. Um homem é uma ferida sempre exposta. Nada passa.
Sentimentos? Eles se transformam em outros sentimentos, mas não passam. As pessoas que você amou, nunca te causarão indiferença: sua única certeza é que você sempre vai sentir algo quando as encontrar. As pessoas que te menosprezaram, te usaram ou simplesmente te rejeitaram, continuam, cada qual com sua adaga, perfurando seu amor-próprio, dia após dia, umas mais, outras menos.
Somos todos, homens e mulheres, mestres no fingimento, na dissimulação, no recalque, mas a verdade é que nada passa. Por isso você vê uma mulher histérica ao pegar uma cebola podre no supermercado, por isso você vê o homem agindo como um primata no trânsito, por isso seu chefe estoura sem razão, por isso você teve uma crise de choro durante aquele filme que nem triste era, por isso as pessoas têm chiliques inexplicáveis: porque nada passa e nós precisamos de válvulas de escape.

Fica sempre um pouco de tudo, escreveu Drummond, às vezes um botão, às vezes um rato. Se você me vir tendo um chilique ao pegar uma cebola podre no supermercado, já sabe o que é: são as cócegas malditas dos meus malditos ratos. Porque tudo muda, mas nada, nada passa.

(Stella Florence em "Os Indecentes")